Carta missionária da Janela 10/40

No mês passado, faleceram alguns homens na nossa área de trabalho, um pai de um aluno meu e outro de um aluno do outro missionário. Faleceram com a diferença de uma semana.

Fomos visitar a primeira família, entramos na favela próximo a linha do trem, como três metros da linha, quando o trem passa balança todas as casas parecem que vai desabar tudo em nossa cabeça.

A favela tem um estreito corredor e dos dois lados só se vê sujeira, água podre, muito lixo, crianças transitando para todos os lados e uma enorme população se banhando em plena luz do dia no meio de todos. As casas não possuem banheiro e a necessidade é feita em qualquer lugar, principalmente para os homens. A pobreza espiritual e física deste povo mostra o quanto eles estão escravizados pelas trevas, é de cortar o coração daqueles que tem o mínimo de sentimento. Quando chegamos na casa do nosso aluno encontramos pessoas chorando dentro e fora de casa, quatro paredes com aproximadamente quatro metros quadrados.

Antes de chegar na casa uns dez metros estava o defunto estendido em um pequeno corredor, moscas entrando e saído do seu nariz, as pessoas transitando como se nada tivesse acontecido. Vendo toda aquela situação meu espírito se conturbou muito de ver tanto sofrimento sem esperança de uma vida eterna e todos que estavam ali naquele lugar estavam na mesma condição daquele homem. Pude ver também o quanto somos privilegiados por Deus de conhecer a sua palavra salvadora e até mesmo de ser parte de uma nação que ainda teme ao Deus dos Céus.

Naquele momento não tive dúvida busquei um dos nossos alunos que fala inglês para me traduzir e pedi a atenção de todos por alguns momentos. Todos voltaram à atenção para mim, e comecei a falar das boas novas que Jesus Cristo tem para o homem em vida e que a oportunidade está disponível para todos. Falei também destes dois caminhos, e expliquei a difença de um do outro. Pude contemplar os céus abertos e Deus falando aqueles corações tristes e encarcerados pela idolatria e as forças do inferno.

O ambiente ficou um pouco mais leve e Deus fez maravilhas naquela tarde, trazendo conscientização aos corações daquelas famílias que estavam presentes ali. Meus irmãos, que continuemos orando juntos por esta nação. Não tenho dúvidas que somente através da oração podemos alcançar os povos não alcançados.

Com certeza necessitamos juntos da intervenção de Deus para essa geração e também para nossas vidas. Que o Deus do gloria tenha misericórdia de nossas vidas e nos use somente para o seu louvor, honra e Glória.

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